domingo, 28 de setembro de 2008

Grupo de Teatro Universitário "Atores do São Camilo"

O grupo de teatro, no São Camilo-ES, constituiu-se de oficinas de teatro (2001) ofertadas por essa instituição, as quais produziram dois espetáculos: “Maria Cachucha” de Joracyr Camargo e “A História é uma História” de Millôr Fernandes. Dinamizam suas ações a partir de 2002, destacando a montagem teatral “Cachoeiro em Quadros” de Vilma Dardengo; o espetáculo Folclórico que originou a peça “Cantos e encantos”, uma criação coletiva com manifestações tradicionais; “Cotigalhando” e “Rádio mulher” - criação coletiva no qual o risível e o humor eram elementos de pesquisas e destaque estético; “Uma Professora muito Maluquinha” - adaptação do texto de Ziraldo.
"Contos e Encantos de outra Povoação"

Seguindo em suas pretensões, o grupo continua com suas pesquisas numa perspectiva do possível experimento de liberdade e transformações de linguagens interpretativas com a montagem de “Um Toque a mais...” - criação coletiva que ensaia afinidades com o teatro da crueldade de Antonin Artaud e com a escola polonesa de Jersy Grotowski.
E dentre as suas montagens mais recentes estão: “Sergio Sampaio... Entre leros e boleros” - uma encenação com músicas e performance que se aproxima da “live art” em que o destaque é o artista da terra e seu resgate para a vida cultural da cidade.
[Propaganda do espetáculo "Sérgio Sampaio... entre leros e boleros!" e da leitura dramática do texto "O martírio dos Ratos" na TV Gazeta-Sul]
As leituras dramáticas do texto: “O martírio dos ratos” de Iremar Brito e o “Cadilack de Lata” de Marcos Jacob; já em 2006 continuamos, com leituras em cenas destacando mais uma vez o artista da terra,
desta vez utilizando-se da obra do pai da crônica Rubem Braga e com uma montagem hilariante: “Mulher em Tópico” que é uma livre adaptação do texto “Oficina Condensada” (Aninha Franco), conta a trajetória da condição feminina nos séculos. Dedicação e comprometimento são o fio condutor do grupo, para produzir um resultado satisfatório, tanto na atuação cênica, superando as expectativas do público - na qualidade e novidade do trabalho artístico apresentado - quanto na integração dos atuantes que defendem um objetivo comum, que é fazer arte com beleza, verdade e harmonia. Formado por acadêmicos dos diversos cursos, desenvolve projetos que vão desde apresentação de peças em espaços públicos, até espetáculos voltados ao público mais exigente.
"Mulher em Tópico"
O Projeto de Teatro desenvolve-se na perspectiva da extensão universitária – cujo objetivo, além de contribuir com o desenvolvimento da comunidade acadêmica, fortalecendo o trabalho de pesquisa, ensino e extensão, contribui para um movimento cultural, no qual a construção do conhecimento artístico é um processo dinâmico e plural, que pressupõe um movimento constante de desvendamento, construção e desconstrução (inclusive do próprio saber e fazer artístico). Encarregado ainda da função social, tão apropriada aos dias atuais, resultado de um processo complexo de criação e produção que se configura, por meio de um esforço necessariamente coletivo, que busca abranger, ao máximo uma relação social com a comunidade local.
Atualmente o teatro, é parte integrante da atividade cultural, educacional e social universitária, atendem toda uma demanda diversificada e específica, são ações que contemplam os conteúdos pedagógicos, estéticos e sociais, ampliando o fazer do grupo teatral através de vários projetos com estrutura e organização própria, mais definida: Recrearte; Teatro/oficina na comunidade; Em cena; Teatro com doentes mentais; Laboratório de Teatro. Vale lembrar que ainda em nível de desejo e ainda em sua formatação inicial, está surgindo o núcleo de estudos com algumas pesquisas encaminhadas como “corpo e arte” e “textos dramáticos”, bem como o Teatro na Empresas, que estará levando para as empresas de Cachoeiro de Itapemirim, apresentações de espetáculos, e oficinas de teatro para seus colaboradores.

Sara Passabon Amorim
Diretora e Coordenadora do Grupo de Teatro

[Trecho do texto publicado na revista do Centro Universitário São Camilo-ES de 2006 Cadernos Camiliani V7-n.2]

Veja esta página em outro idioma